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Bula do Furosemida

Principio ativo: Furosemida

Tenha cuidado, leia a bula, a automedicação pode colocar a sua saúde em risco. Só use medicamentos com orientação médica e/ou farmacêutica.

Para que serve o Furosemida e para que é indicado?

Furosemida é indicado nos casos de:

  • Inchaço devido a doenças do coração e doenças do fígado (ex.: ascite);
  • Inchaço devido a doenças dos rins, insuficiência cardíaca aguda (redução grave da função do coração), especialmente no inchaço pulmonar (administração conjunta com outras medidas terapêuticas);
  • Eliminação urinária reduzida devido à gestose – doença hipertensiva que pode ocorrer no último trimestre da gestação, mais comum em mulheres na primeira gravidez (após restauração do volume de líquidos ao normal);
  • Inchaços cerebrais como medida de suporte;
  • Inchaços devido a queimaduras;
  • Crises hipertensivas (em adição a outras medidas anti-hipertensivas);
  • Indução de diurese forçada (facilita a eliminação da urina) em envenenamentos.

Como devo usar o Furosemida?

A administração intravenosa de furosemida é indicada em todos os casos onde a administração oral (furosemida  comprimidos) não é possível ou é ineficaz (por  exemplo:  absorção intestinal prejudicada)  ou em casos onde um rápido  efeito é necessário. 

A administração intravenosa deve ser realizada lentamente, não excedendo a velocidade de infusão de 4 mg/min. Em pacientes com insuficiência renal severa  (creatinina  sérica  >  5mg/dL),  recomenda-se  não  exceder  a velocidade de  infusão de 2,5 mg/min.

A administração intramuscular deve ser restrita a casos excepcionais nos quais a administração oral  (furosemida  comprimidos) ou intravenosa (furosemida solução injetável) não são possíveis. A administração intramuscular não é  adequada ao tratamento de condições agudas como edema pulmonar.

A substituição da administração parenteral (furosemida solução injetável) para oral (furosemida comprimidos) deve ser realizada assim que possível.

A solução injetável de furosemida tem pH aproximado a 9 sem capacidade de tamponamento. Por esta razão, o ingrediente ativo pode precipitar em valores de pH inferiores a 7. Portanto, no  caso  de  diluição  de  furosemida  solução  injetável, deve-se ter cautela para que o pH da solução esteja  dentro  de  uma  variação de  levemente alcalino para neutro. Solução salina normal é adequada como diluente.

furosemida solução injetável não deve ser misturado com outros medicamentos na mesma seringa de injeção ou durante infusão.

Posologia

A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:

Adultos e adolescentes acima de 15 anos

A dose inicial para adultos e adolescentes de 15 anos em diante é de 20 a 40 mg (1 a 2 ampolas) de furosemida por via intravenosa ou via intramuscular.

Se após uma dose  única de 20 a 40  mg de furosemida (1 a 2 ampolas) o  efeito diurético não for satisfatório, a dose pode    ser gradualmente aumentada, em intervalos de 2 horas, de 20 mg (1 ampola) a cada vez, até que seja obtida  diurese satisfatória. A dose individual assim estabelecida deve depois ser administrada uma ou duas vezes por dia.

A duração do tratamento deve ser determinada pelo médico, dependendo da natureza e gravidade da doença.

Lactentes e crianças abaixo de 15 anos

É indicada a administração parenteral (se necessário, infusão gota a gota) somente em condições de risco de vida.

Para injeção intravenosa ou intramuscular,  o  esquema  de  posologia  é  de  1  mg  de  furosemida  por  kg de  peso corporal até um máximo diário de 20 mg (1 ampola).

A terapia deve ser mudada para administração oral (furosemida comprimidos) tão logo seja possível.

Populações especiais

Edema pulmonar agudo: Administrar uma dose inicial de 40 mg de furosemida (2 ampolas) por via  intravenosa. Se a condição do paciente requerer, injetar uma dose adicional de 20 a 40 mg de furosemida (1 a 2 ampolas) após 20 minutos. A posologia indicada para o tratamento é de 100 mg a 300 mg ao dia, por um período máximo de 48 horas.

Diurese forçada: Administrar  20 a  40  mg  de  furosemida  (1  a 2  ampolas)  em adição  à infusão  de  solução  de eletrólitos. O tratamento posterior depende da eliminação de  urina e  deve incluir a  substituição  de  perdas de líquido e de eletrólitos. No envenenamento com substâncias ácidas ou básicas, a taxa de eliminação pode ser aumentada ainda mais  pela  alcalinização ou acidificação da urina, respectivamente. A posologia indicada para o tratamento é de 100 mg a 300 mg ao  dia, por um período máximo de 48 horas.

Não há estudos dos efeitos de furosemida administrado por  vias  não  recomendadas.  Portanto,  por  segurança  e  para garantir a eficácia  deste  medicamento,  a  administração  deve  ser  somente  pela  via  intravenosa  ou intramuscular, conforme recomendado pelo médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Como o Furosemida funciona?

Furosemida apresenta efeito diurético (promove a excreção da urina) e anti-hipertensivo (auxilia no tratamento da pressão  alta). O início de ação ocorre em 15 minutos após a administração intravenosa do produto.

Quando o Furosemida não deve ser usado?

Furosemida solução injetável não deve ser usado em pacientes com:

  • Insuficiência dos rins com anúria (parada total da eliminação de urina);
  • Pré-coma e coma devido a problemas associado com encefalopatia do fígado (disfunção do Sistema nervoso central em associação com falência do fígado);
  • Hipopotassemia severa (redução nos níveis de potássio no sangue) (ver item QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?);
  • Hiponatremia severa (redução nos níveis de sódio no sangue);
  • Desidratação ou hipovolemia (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos), com ou sem queda da pressão sanguínea;
  • Alergia à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes. Não há contraindicação relativa a faixas etárias.

O que preciso saber antes de usar o Furosemida?

Advertências e precauções

O fluxo urinário deve ser sempre assegurado.

Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário (ex.: em pacientes com alterações de esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra), a produção aumentada  de  urina  pode  provocar  ou agravar a doença. Deste modo, estes pacientes necessitam de monitorização cuidadosa, especialmente durante a fase inicial do tratamento.

O tratamento com furosemida requer uma supervisão médica regular. Uma cuidadosa vigilância se faz necessária principalmente em pacientes com:

  • Hipotensão (pressão baixa);
  • Com risco particular de pronunciada queda da pressão arterial (ex.: pacientes com estenoses significativas das artérias coronárias ou das artérias que suprem o cérebro);
  • Diabetes mellitus latente ou manifesta: recomenda-se controle regular dos níveis de açúcar no sangue;
  • Gota (doença caracterizada pela deposição de cristais de ácido úrico junto a articulações e em outros órgãos) ou hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue): recomenda-se controle regular do ácido úrico;
  • Insuficiência dos rins associada à doença severa do fígado (síndrome hepatorrenal);
  • Hipoproteinemia (baixos índices de proteínas do sangue), por exemplo, associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode estar diminuído e sua ototoxicidade potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das doses de furosemida.
  • Durante tratamento com furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de sódio, potássio e creatinina no sangue; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em casos de pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações dessas substâncias ou em caso de perda adicional significativa de fluidos (ex.: devido a vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos) ou desidratação, bem como qualquer alteração significativa eletrolítica ou ácido – base  devem  ser  corrigidas.  Isto  pode requerer a descontinuação temporária do medicamento.

Existe a possibilidade de agravar ou iniciar manifestação de lúpus eritematoso sistêmico (doença  que  apresenta manifestações na pele, coração, rins, articulações, entre outras).

Gravidez e amamentação

A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gravidez a menos que  estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez requer controle periódico do crescimento fetal.

No período da amamentação, quando o uso de furosemida for considerado necessário, deve ser lembrado que a furosemida passa para o leite e inibe a lactação. É aconselhável interromper a amamentação durante o uso de furosemida.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. 

Populações especiais

Pacientes idosos

Em pacientes idosos, a eliminação  de  furosemida  é  diminuída  devido  à  redução  na  função  dos  rins.  A  ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para  hipovolemia  e  desidratação,  especialmente  em  pacientes  idosos.  A diminuição grave de fluidos pode levar a hemoconcentração (concentração do sangue com aumento da sua densidade e viscosidade) com tendência ao desenvolvimento de tromboses (formação, desenvolvimento ou presença de um trombo ou coágulo no interior de um vaso sanguíneo).

Crianças

Controle cuidadoso é necessário em crianças prematuras pela  possibilidade  de desenvolvimento  de  nefrolitíase (formação de pedra nos rins) e  nefrocalcinose (deposição sais de cálcio nos  tecidos dos rins). Nestes casos, a  função dos rins deverá   ser controlada e uma ultrassonografia deverá ser realizada.

Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo (persistência do canal arterial, um tipo de malformação cardíaca congênita).

Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Alguns efeitos adversos (ex: queda acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a capacidade em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas  habilidades são  especialmente importantes, como dirigir ou operar máquinas.

Sensibilidade cruzada

Pacientes hipersensíveis (alérgicos)  a  antibióticos  do  tipo  sulfonamidas  ou  sulfonilureias  podem  apresentar sensibilidade cruzada com o medicamento.

Este medicamento pode causar doping. 

Interações medicamentosas

Medicamento-Medicamento

Associações desaconselhadas

Hidrato  de cloral: sensação de calor, transpiração (suor), agitação, náusea, aumento da  pressão arterial (pressão do sangue)     e taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco) podem ocorrer em casos isolados após a administração intravenosa  da  furosemida dentro das 24 horas da ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de cloral.

Antibióticos aminoglicosídicos e outros medicamentos  que  podem  ser  tóxicos  ao  ouvido:  a  furosemida  pode  potencializar a ototoxicidade (toxicidade ao ouvido) causada por antibióticos aminoglicosídicos e  outros fármacos ototóxicos, visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis. Esta combinação de fármacos deve ser restrita à indicação médica.

Precauções de uso

Cisplatina:  

Existe  risco  de  toxicidade  ao   ouvido   quando   da   administração   concomitante   de   cisplatina   e furosemida. Além disto, a toxicidade  aos  rins  da  cisplatina  pode  ser  aumentada  caso  a  furosemida  não  seja administrada em baixas doses (ex.: 40 mg em pacientes com função renal normal)  e  com  balanço  de  fluidos positivo quando utilizada para obter-se diurese (aumento da produção e eliminação da urina) forçada durante o tratamento com cisplatina.

Sais de lítio: 

A furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis  sanguíneos  de  lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos tóxicos do lítio ao  coração  e   ao  sistema  nervoso.  Desta  forma,  recomenda-se  que  os  níveis  sanguíneos  de  lítio   sejam  cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.

Medicamentos que inibem a enzima conversora da angiotensina (ECA):

Pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer queda acentuada da pressão arterial e prejuízo da função dos rins, incluindo casos de insuficiência dos rins, especialmente quando um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou antagonista  do  receptor  de  angiotensina II, é administrado pela primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar  interrupção da administração da furosemida temporariamente ou, ao menos, reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.

Risperidona:

Cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios desta combinação ou tratamento  concomitante  com  furosemida ou com outros diuréticos potentes devem ser considerados antes da decisão de uso. Foi observado aumento de mortalidade em pacientes idosos com demência tratados com furosemida mais risperidona. Portanto, deve ser ponderado o risco-benefício do tratamento concomitante com  estas  duas  medicações.  Não  houve  aumento  de  mortalidade  em pacientes usando outros diuréticos associados à risperidona. Independentemente do tratamento, a desidratação foi  um  fator de risco  para maior  mortalidade e, portanto, deve  ser evitada em pacientes idosos com demência (vide Quando não devo  usar este medicamento?).

Levotiroxina:

Altas  doses  de  furosemida  podem  inibir  a  ligação  de  hormônios  tireoidiano   às   proteínas transportadoras e, assim, levar a um aumento transitório inicial de hormônio tireoidiano  livre,  seguido  de  uma redução  geral nos níveis de hormônio tireoidiano total. Os níveis de hormônio tireoidiano devem ser monitorados.

Associações a considerar

Anti-inflamatórios  não-esteroidais  (AINEs): Agentes  anti-inflamatórios   não   esteroidais   (incluindo   ácido  acetilsalicílico) podem diminuir a ação da furosemida. Em pacientes com diminuição do líquido circulante nos vasos ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma  diminuição  aguda  da  função  dos  rins.  A  toxicidade  do  salicilato pode ser aumentada pela furosemida.

Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína. Fármacos tóxicos aos rins: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos tóxicos aos rins.

Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes: o uso concomitante de furosemida  com  corticosteroides,  carbenoxolona, alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes, pode  aumentar  o  risco  de  desenvolvimento de hipopotassemia.

Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos (para tratar doenças do coração)  e  medicamentos  que  induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (ex.: hipopotassemia,  hipomagnesemia, ou seja, redução dos níveis de potássio ou de magnésio no sangue, respectivamente) podem aumentar a toxicidade destes fármacos.

Medicamentos anti-hipertensivos, diuréticos ou outros que potencialmente diminuem a pressão sanguínea quando administrados concomitantemente com a furosemida podem provocar uma queda mais pronunciada da pressão sanguínea.

Probenecida, metotrexato e outros fármacos, que assim como a furosemida, são secretados significativamente por via tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal destes fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (particularmente, tanto a furosemida como outros medicamentos),  pode  haver aumento dos níveis no sangue e  dos  riscos  de  efeitos  adversos  resultantes  da  furosemida  ou  do  tratamento  concomitante.

Antidiabéticos (medicamento para tratar diabetes) e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (aumentam a pressão arterial atuando no sistema nervoso simpático, como epinefrina, norepinefrina): os efeitos destes fármacos podem ser reduzidos quando administrados com furosemida.

Teofilina  ou  relaxantes  musculares  do  tipo  curare:  os   efeitos   destes   fármacos   podem   aumentar   quando administrados com furosemida.

Cefalosporinas: insuficiência dos rins pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente tratamento com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.

Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está  associado  com  aumento  do  risco  de  artrite gotosa (doença reumática caracterizada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico junto a articulações e/ou outros órgãos) subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na excreção de urato pelos rins.

Pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste (doença dos  rins  causada  por  radiocontraste,  uma substância usada para fazer diagnóstico por imagem) tratados com furosemida demonstraram maior incidência de deteriorização na função dos rins após receberem radiocontraste quando comparados a pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.

Medicamento-Alimento

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e furosemida solução injetável.

Medicamento-Exame laboratorial e não laboratorial

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de furosemida em exames laboratoriais.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamentos sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais os efeitos colaterais e as reações do Furosemida?

A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação comum (ocorre entre 1% a 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% a 1% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação rara (ocorre entre 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento). Desconhecido: não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis.

Distúrbios metabólico e nutricional

(vide O que devo saber antes de usar este medicamento?)

Muito comum:  

  • Distúrbios  eletrolíticos,  incluindo  sintomáticos  (variação  de  eletrólitos  causando   efeitos   no organismo); 
  • Desidratação e hipovolemia, especialmente em pacientes idosos; 
  • Aumento  nos  níveis  de  creatinina  e triglicérides no sangue.

Comum: 

  • Hiponatremia, 
  • Hipocloremia (redução nos níveis de cloreto no sangue), 
  • Hipopotassemia (redução nos níveis de potássio no sangue),
  • Aumento nos níveis de colesterol e ácido úrico no sangue;
  • Crises de gota;
  • Aumento no volume urinário. 

Incomum: 

  • Tolerância à glicose diminuída; 
  • O diabetes mellitus latente pode se manifestar (vide O QUE DEVO SABER  ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?).

Desconhecido: 

  • Hipocalcemia (redução nos níveis de cálcio no sangue), 
  • Hipomagnesemia, 
  • Aumento nos níveis de ureia no sangue e alcalose metabólica (desequilíbrio ácido-básico no sangue);
  • Síndrome de Bartter (grupo raro de doenças que afetam os rins) no contexto de uso inadequado e/ou a longo prazo da furosemida.

Distúrbios vasculares

Muito comum (para infusão intravenosa): 

  • Hipotensão incluindo hipotensão ortostática (queda  significativa  da  pressão  arterial  após  assumir  a  posição  de  pé)  (vide  O  QUE  DEVO  SABER  ANTES  DE   USAR   ESTE MEDICAMENTO?).

Raro: 

  • Vasculite (inflamação da parede de um vaso sanguíneo). 

Desconhecido: 

  • Trombose.

Distúrbios nos rins e urinário

Comum: 

  • Aumento no volume urinário.

Raro: 

  • Nefrite tubulointersticial (um tipo de inflamação nos rins).

Desconhecido: 

  • Aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina, 
  • Retenção urinária (em pacientes com obstrução parcial do  fluxo urinário); 
  • Nefrocalcinose / nefrolitíase em crianças prematuras;
  • Falência  renal  (vide  O que devo saber antes de usar este medicamento?).

Distúrbios gastrintestinais

Incomum: 

  • Náuseas. 

Raro: 

  • Vômitos;
  • Diarreia.

Muito raro: 

  • Pancreatite aguda (inflamação no pâncreas).

Distúrbios hepatobiliares

Muito raro: 

  • Colestase (parada ou  dificuldade  da  excreção  da  bile);
  • Aumento  nas  transaminases  (uma  enzima  presente nas células do fígado).

Distúrbios auditivos e do labirinto

Incomum: 

  • Alterações na audição, embora geralmente de caráter  transitório,  particularmente  em  pacientes  com  insuficiência   renal,
  • Hipoproteinemia   (ex.:   síndrome   nefrótica)   e/ou   quando   furosemida   intravenosa   for  administrada rapidamente;
  • Casos de surdez, algumas vezes irreversível, foram reportados após administração oral ou IV de furosemida.

Muito raro:

  • Tinido (zumbido no ouvido).

Distúrbios no tecido subcutâneo e pele

Incomum: 

  • Prurido;
  • Urticária;
  • Rash;
  • Dermatite bolhosas;
  • Eritema multiforme;
  • Penfigoide;
  • Dermatite esfoliativa;
  • Púrpura (erupções cutâneas diversas);
  • Reações de fotossensibilidade (sensibilidade exagerada da pele à luz).

Desconhecido: 

  • Síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por  bolhas  em mucosas  e  grandes áreas do  corpo),
  • Necrólise  epidérmica  tóxica  (quadro  grave,  caracterizado  por  erupção generalizada,  com  bolhas rasas extensas e áreas de necrose epidérmica),
  • Pustulose exantemática generalizada aguda - PEGA (forma  grave       de reação alérgica caracterizada pelo desenvolvimento abrupto de pústulas não foliculares sobre áreas de vermelhidão, acompanhadas por febre alta e aumento do número de células brancas no sangue), 
  • DRESS (rash ao fármaco com eosinofilia (aumento do número de um tipo de célula branca do sangue chamado eosinófilo) e sintomas  sistêmicos);
  • Reações liquenoides. (reações imunológicas que ocorrem em mucosas).

Distúrbios do sistema imune (de defesa do organismo)

Raro: 

  • Reações anafiláticas (reação alérgica grave e imediata que pode levar à morte);
  • Anafilactoides severas (ex: com  choque – colapso circulatório ou estado fisiológico em que existe um fluxo  sanguíneo  inadequado  para  os  tecidos  e células do corpo).

Desconhecido: 

  • Agravamento ou início de manifestação de lúpus eritematoso sistêmico.

Distúrbios do sistema nervoso

Raro: 

  • Parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele  e  sem  motivo aparente). 

Comum: 

  • Encefalopatia hepática (disfunção do sistema nervoso central em associação com falência do fígado) em pacientes com  insuficiência  na  função  do  fígado  (vide  QUANDO  NÃO  DEVO  USAR   ESTE MEDICAMENTO?). 

Desconhecido: 

  • Vertigem (tontura);
  • Desmaio;
  • Perda de consciência;
  • Cefaleia (dor de cabeça).

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo.

Comum: 

  • Hemoconcentração.

Incomum: 

  • Trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas). 

Raro: 

  • Leucopenia (redução de células brancas no sangue);
  • Eosinofilia.

Muito raro: 

  • Agranulocitose (diminuição  acentuada na contagem de células brancas do  sangue);
  • Anemia  aplástica (doença   em que a medula  óssea  produz  quantidade  insuficiente  de  glóbulos  vermelhos,  glóbulos  brancos  e  plaquetas);
  • Anemia hemolítica (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue).

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Desconhecido: 

  • Casos de rabdomiólise (lesão muscular  que  pode  levar  a  insuficiência  renal  aguda)  foram relatados,  muitas vezes na situação de hipopotassemia severa (ver item QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?).

Distúrbios congênito e genético/familiar

Desconhecido: 

  • Risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando furosemida for administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida.

Distúrbios gerais e condições no local da administração

Raro: 

  • Febre.

Desconhecido: 

  • Dor local após injeção intramuscular.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Onde, como e por quanto tempo posso guardar o Furosemida?

Furosemida solução injetável deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Estabilidade de furosemida solução injetável após diluição:

Furosemida solução injetável mantém-se estável por aproximadamente 24 horas, após diluição  com solução  de cloreto de  sódio a 0,9 % ou Solução de Ringer, quando armazenada sob refrigeração ou em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegida da luz.

Características físicas e organolépticas

Solução límpida e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe  alguma  mudança  no  aspecto,  consulte  o  farmacêutico  para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

O que fazer quando eu me esquecer de usar o Furosemida?

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim  que  possível.  No  entanto,  se  estiver  próximo  do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

Superdose: o que fazer se alguém usar uma quantidade maior de Furosemida do que a indicada?

Sintomas

O quadro clínico da  superdose  aguda  e  crônica  com  furosemida  depende  fundamentalmente  da  extensão  e  consequências da perda de eletrólitos e fluidos como, por exemplo, hipovolemia desidratação, hemoconcentração, arritmias cardíacas (descompasso dos batimentos do coração). Os sintomas destas alterações incluem queda severa da  pressão  sanguínea (progredindo para choque), insuficiência aguda dos rins, trombose, estado de delírio, paralisia flácida (paralisia na qual os músculos afetados perdem o tônus e pode ocorrer diminuição dos reflexos), apatia (sem emoção, insensível) e confusão.

Tratamento

Não se conhece antídoto específico para a furosemida.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,  procure  rapidamente  socorro  médico  e  leve  a  embalagem ou bula do medicamento, se  possível.  Ligue  para  0800  722  6001,  se  você  precisar  de  mais orientações.

Apresentações do Furosemida

Solução injetável:

  • 2 ampolas com 2 mL;
  • 5 ampolas com 2 mL;
  • 50 ampolas com 2 mL;
  • 100 ampolas com 2 mL.

Uso intravenoso ou intramuscular. Uso adulto e pediátrico.

Composição do Furosemida

Cada 1 mL de furosemida solução injetável contém 10 mg de furosemida. 

Excipientes: hidróxido de sódio, cloreto de sódio e água para injetáveis.

Dizeres Legais do Furosemida

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

MS 1.0186.0032.0020

MS 1.0186.0032.0039

MS 1.0186.0032.0047

MS 1.0186.0032.0012

Resp. Técnico: Marry C. C. Sant’Anna CRF-SP n° 57.095

Registrado e Fabricado por:

Santisa Laboratório Farmacêutico S.A.

Rua Monsenhor Claro, 6-90 CEP 17015-130 – Bauru – SP

Telefone (14) 2108-4900 CNPJ 04.099.395/0001-82

Indústria Brasileira

Serviço de Atendimento ao Consumidor: 0800 080 0121 sac@santisa.com.br

www.santisa.com.br VE022021

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 14/01/2021

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